Uqbar Anuários 2021

Anuário Uqbar FII 2021

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Carta ao leitor

Carta ao leitor

Amigo leitor,

2020 foi um ano de grandes incertezas, mas também de avanços. Acredite, não foram poucos! Por isso, é com imensa satisfação que apresentamos a você a 14ª edição dos Anuários Uqbar.

As publicações estão cheias de novidade! Além da mudança do formato e de sua apresentação, temos novos capítulos escritos pelos próprios participantes do mercado, especialistas em seus segmentos de atuação.

Mas ouso dizer que a principal novidade está mesmo no conteúdo, ou melhor, no registro cirúrgico realizado sobre as transformações vistas nos mercados cobertos por essas publicações durante um ano atípico, tomado pela pandemia de coronavírus (Covid-19).

No mercado de CRAs, quebramos o recorde de emissões, mostrando definitivamente que o mercado de capitais pode e deve ser um importante aliado do agronegócio brasileiro.  

Resultado excepcional vimos também no mercado de CRIs, que registrou o maior número anual de novas operações, enquanto o montante de emissões foi o terceiro nos últimos cinco anos.  

No mercado de FIDCs, por sua vez, rompemos a barreira dos 1.000 fundos em operação. Além disso, e mais importante ainda, registramos que o montante emitido em 2020 permaneceu quase estável, ficando levemente inferior ao do ano anterior.

Todos esses fatos contribuíram para que o mercado de securitização crescesse quase 10% em um ano desafiador para o Brasil e para o mundo.

Já o mercado de FIIs, acostumado a desempenhos excepcionais, manteve a tradição. Nem mesmo a pandemia foi capaz de mudar esse cenário. Recordes com crescimentos expressivos nos mercados primário e secundário, tanto em termos de volume quanto em número de negócios, foram estabelecidos.

E o que se viu em 2020, quando olhamos por detrás da roupagem numérica, é encorajador: novos nichos de negócios, a criação de títulos “verdes”, os investimentos pesados em tecnologia, o aprimoramento no marco regulatório e a aproximação dos mercados de securitização com o mercado de FIIs. Curiosidade à parte, o maior fundo listado hoje na B3 é de “papel”, ou seja, não compra imóveis, mas sim, investe em CRIs.

A lista de boas notícias para esses mercados, em meio ao caos mundial, seguiu. Por isso, destacamos ainda um elemento basilar desta equação: o investidor. Embora em alguns mercados, como o de FIDCs, a base de investidores apresente crescimento e tamanho aquém do desejável, não se pode deixar de reconhecer a ampliação do universo de doadores de recursos durante o ano.

Atribuir todos esses feitos apenas ao atual cenário de taxas de juros baixíssimas seria injustiça. Somos testemunhas dos inúmeros avanços regulatórios e das iniciativas de instituições participantes que, ao longo de mais de uma década, vêm contribuindo para que esses mercados se tornem mais atrativos e resilientes.

Mas, ainda que os avanços sejam memoráveis, é de fundamental importância o reconhecimento sincero de que ainda há muito por fazer. Eliminação de assimetrias no marco regulamentar – que tendem a crescer sempre que criamos um novo tipo de fundo ou certificado – e a disponibilização de dados sobre o desempenho das carteiras-lastro de operações, em formatos que permitam a sua coleta e o tratamento de forma eficiente por qualquer participante de mercado são alguns dos desafios que precisaremos atacar em um futuro próximo.

Esses desafios, uma vez equacionados, trarão enormes benefícios ao mercado como, por exemplo, o apreçamento mais acurado dos riscos e dos benefícios por todas as partes envolvidas. E, consequentemente, mercados de crédito e imobiliário mais amplos e eficientes. 

Nos quatro Anuários que compõem essa edição apresentamos uma fotografia destes mercados. Com análises e gráficos inéditos, oferecemos aos nossos leitores um olhar especial da Uqbar e dos líderes de mercado, não apenas em relação ao passado recente, mas também sobre o futuro próximo.

Ao longo dos anos, a independência, a imparcialidade e a qualidade dos Anuários Uqbar fizeram deles uma referência nacional e internacional quando falamos de Finanças Estruturadas no Brasil. São muitas as instituições que usam esses Anuários como fonte de informação: são órgãos reguladores, bancos de desenvolvimento, agências multilaterais e também acadêmicos para a produção de trabalhos em centros de excelência de ensino no país e no exterior.

Esperamos que as novidades trazidas nesta edição contribuam para que as publicações tenham um alcance ainda maior.

Para terminar, um agradecimento especial aos nossos patrocinadores, boa parte deles conosco há muitos anos. Em nome de toda a Equipe Uqbar, muito obrigado. Sem a fundamental presença de vocês ao nosso lado, não chegaríamos até aqui. Aguardamos ansiosos as críticas construtivas e os elogios encorajadores.

Boa leitura!

Carlos Augusto Lopes
Fundador e CEO

Introdução

Introdução

Interesse do investidor PF por produtos de renda variável cresce e beneficia os FIIs

Em 2020, o mercado secundário de FIIs movimentou mais de R$200,0 milhões por pregão, distribuídos em mais de 100 mil negócios por dia. Para se ter uma ideia do que isso representa, há oito anos (2012) este mercado rompia, pela primeira vez, as marcas de R$1,00 bilhão em volume e de 100 mil negócios registrados, no ano.

Esse crescimento só foi possível devido ao grande aumento de investidores pessoas físicas (PFs) no mercado de capitais, movidos também pelo apetite ao risco, pela distribuição de rendimentos isentos de Imposto de Renda (IR) e pela própria afinidade do brasileiro por investimentos em imóveis.

Isso fez com que o número de PFs quase dobrasse em 2020, ultrapassando a marca de 1 milhão. Ainda comparando com 2012, foi também naquela época que o total de investidores de FIIs chegou à marca de 100 mil.

Além disso, o mercado de FIIs tem seu próprio mérito nessa conquista. Hoje, é possível dizer que este é um dos tipos de investimento mais transparentes do mercado de capitais. Além dos requisitos mínimos informacionais determinados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como os Informes Mensais, Trimestrais e Anuais, os próprios gestores e administradores de FIIs têm feito um esforço extra para diminuir a assimetria de informações sobre o produto, dialogando diretamente com os interessados e facilitando o acesso ao investimento.

Já a diversidade de ativos permitiu a exposição dos investidores tanto ao “tijolo”, para aqueles que acreditam em investimentos em imóveis, quanto aos “papéis” de natureza imobiliária, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), atraindo aqueles que preferem investir em renda fixa. Como consequência, mais um recorde estabelecido. Durante o ano, o volume de emissões de novas cotas para estes fundos superou a marca dos R$35 bilhões.

Ao final de 2020, os FIIs haviam investido em uma gama de imóveis que vão dos residenciais aos corporativos, passando por shoppings, galpões logísticos, silos de armazenamento de grãos e vários outros, como hospitais e cemitérios. Isto porque, em épocas de crise, como a motivada pela pandemia de coronavírus (Covid-19), as distintas características tipológicas, geográficas, contratuais, entre outras, oferecem ampla possibilidade de diversificação de carteira.

Já no caso dos FIIs de “papel”, o destaque vai para o aumento da aproximação com o mercado de securitização imobiliária. Durante 2020, intensificou-se a estruturação de operações de CRIs pelos gestores dos próprios FIIs como forma de alavancar e financiar a aquisição de novos imóveis, por meio da securitização do fluxo de aluguéis a receber de um determinado imóvel na carteira do FII. Esses títulos de crédito, lastreados nesses fluxos, passaram a fazer parte da carteira de diversos veículos de investimento, dentre eles os FIIs “de papel”.

Finalmente, vale destacar, como demonstração do grau de maturidade alcançada pelos FIIs, o sinal verde da B3 para empréstimos de cotas desses fundos. Desde 30 de novembro de 2020, 51 FIIs podem ter suas cotas alugadas para terceiros.

Na mesma data também foi lançado o primeiro Exchange Traded Fund (ETF) – fundo de investimento em índice de mercado, cuja carteira é composta por cotas de FIIs, permitindo assim que investidores tenham exposição de forma muito transparente e precisa a uma diversidade de fundos investindo em apenas uma cota.

Ambos os eventos poderão propiciar mais um ponto de inflexão positiva nos mercados primário e secundário destes fundos, nos próximos anos.

Mercado Primário

Mercado Primário

Mercado Primário de FIIs encerra o ano com números recordes

Ao longo de 2020, 140 FIIs listados na B3 emitiram cotas, totalizando R$35,68 bilhões. A cifra constitui recorde histórico para o indicador, superando em pouco mais de R$1,00 bilhão o montante emitido em 2019 (R$34,50 bilhões).

Emissão: fundos não listados - R$ 12,43 Bilhões

Em paralelo, as emissões de 161 FIIs não listados somaram R$12,43 bilhões em 2020, quase o dobro do recorde computado em 2019 (R$6,42 bilhões). Embora seja um crescimento percentual impactante, que ocasionou o aumento da participação deste grupo no total de emissões (R$48,11 bilhões), a diferença para o montante emitido pelos FIIs listados demonstra que os dois segmentos estão, agora, em patamares completamente distintos nesse quesito.

Emissão: fundos listados - R$ 35,68 Bilhões

Em 2017, por exemplo, as emissões de FIIs listados e de não listados quase empataram na marca dos R$4,00 bilhões. A separação também pode ser observada quando se compara o tamanho médio de emissão por fundo: R$254,9 milhões para os listados e R$77,2 milhões para os não listados.

Número de fundos não listados - 161

Os movimentos subjacentes que atuaram como molas propulsoras para as emissões dos fundos listados foram, claramente, o desenvolvimento do mercado secundário de FIIs e o crescimento do público investidor. Com isso, criaram-se as condições necessárias para maior diversificação tipológica dos imóveis e dos ativos em geral.

Número de fundos listados - 140

Em 2016, as emissões pertenciam quase que integralmente aos FIIs de Renda Fixa, Renda Variável e, dentro da categoria Imóveis, ao segmento de Escritórios. A partir de 2019, esse cenário se fragmentou, e novos tipos de imóveis passaram a receber a atenção do mercado até que, em 2020, o segmento de Logística se tornou o segundo com maior montante emitido, sendo o primeiro entre os FIIs de Imóveis. Escritórios permanece como um segmento relevante, enquanto, as emissões de FIIs de Shopping Centers minguaram.

Emissões de FII (R$ Bilhões)
Emissões de FII por Tipo de Fundo (Listado e Não-listado) (%)
Emissões de FII por Ativo-lastro (%)
Mercado Secundário

Mercado Secundário

Mercado Secundário de FIIs também bate recordes

Logo no início de 2020, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) da B3 atingiu seu recorde histórico: 3.253 pontos. Um ano depois, ele ainda não voltou ao seu patamar original. Parte desse movimento deve-se à pandemia de coronavírus (Covid-19), que impactou frontalmente os segmentos mais representativos do mercado: Shopping Centers e Escritórios. Porém, outra parte pode ser creditada a uma correção das expectativas macroeconômicas e intrínsecas aos FIIs.

Historicamente, o IFIX é menos volátil se comparado ao Índice Bovespa (Ibovespa). Logo, é razoável que o segundo tenha sido mais bem sucedido na recuperação do terreno perdido durante a pandemia.

Ainda que a crise sanitária pudesse atenuar a entrada de novos investidores no mercado, o apetite das pessoas físicas por mais risco, incentivado pelas baixas taxas de juros, a maturidade do mercado e a transparência de informações foram mais decisivos para estimular o crescimento do número de investidores, que quase dobrou em 2020, atingindo pouco mais de um milhão.

Isso pavimentou o caminho para que o mercado secundário atingisse recordes por mais um ano. Só em dezembro de 2020 foram 3.901.533 negócios, que somaram R$5,21 bilhões. Esse desempenho mensal se aproxima do consolidado para todo o ano de 2016. Considerando os 12 meses de 2020, foram 37.026.327 negócios e um montante de R$54,63 bilhões. Na comparação com 2019, registram-se crescimentos anuais expressivos: de 68,1% para o volume e de 137,9% para o número de negócios.

Em virtude da retração desenhada pelo IFIX, o consolidado da capitalização de mercado dos FIIs listados ficou, pela primeira vez, desde 2016, inferior ao respectivo patrimônio líquido consolidado. O deságio, no entanto, foi relativamente pequeno, menos de 2,0% (R$2,00 bilhões). Em perspectiva histórica, o comportamento da capitalização de mercado tem registrado expansão ininterrupta, decorrente tanto da própria valorização das cotas quanto da entrada em operação de novos FIIs.

Já no quesito rentabilidade, quase todos os segmentos ficaram no vermelho. Os FIIs de Imóveis, por exemplo, registraram rentabilidade negativa de 12,1%, enquanto os de Renda Fixa ficaram levemente abaixo de zero (-0,94%). Porém, dentro de Imóveis os fundos do segmento Hospitalar e de Logística surpreenderam positivamente, com rentabilidades de 0,53% e 0,12%, respectivamente. Embora o desempenho do setor de Logística seja facilmente associável ao contexto de pandemia, a extrapolação para o segmento Hospitalar é menos óbvia, uma vez que os rendimentos distribuídos e a valorização dos ativos não têm, necessariamente, relação direta com a ocupação da unidade.

Investidores
Investidores
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Investidores
Investidores
Investidores
Investidores
Investidores
Estoque

Estoque

FIIs atingem mais de R$177 bilhões em PL consolidado e ultrapassam 550 fundos operacionais

O mercado de FIIs finalizou 2020 com R$177,50 bilhões em Patrimônio Líquido (PL) consolidado e 552 fundos operacionais. Tais dados representam crescimentos de 31,9% e 18,5%, respectivamente, se comparados aos mesmos indicadores, no final de 2019. O resultado mostra, mais uma vez, como a importância do produto tem crescido para o mercado de capitais.

Aprofundando a análise, observa-se que os FIIs cujas cotas são negociadas no mercado secundário da B3 alcançaram um PL consolidado de R$125,99 bilhões, enquanto os fundos que não pertencem à amostra totalizaram R$51,51 bilhões.

Olhando para o perfil dos ativos que predominam nas carteiras, percebe-se que a maior parcela do PL está atrelada ao segmento dos chamados FIIs “de tijolos”, ou seja, que investem em imóveis, sendo que o segmento Escritórios responde pela maior participação, com 20% do PL consolidado (R$35,52 bilhões).

Apesar da análise da segmentação do PL total de acordo com a modalidade de ativo investido pelos FIIs ser um exercício importante a se fazer, a Uqbar entende que ele é ainda mais interessante levando-se em conta duas amostras: os fundos listados e os não listados para negociação de suas cotas na B3.

Entre os FIIs listados, há um fato interessante: o segmento de Renda Fixa é o mais representativo, com aproximadamente 22% do PL total da amostra. Porém, quando se considera o universo dos não listados, este segmento não representa nem 3% do PL total dos fundos da amostra. Na sequência, aparecem os FIIs dos segmentos Escritórios e Logística, com 17,8% e 16,0% de representatividade, respectivamente. Estes, junto com Renda Fixa, foram os segmentos que ultrapassaram R$ 20,00 bilhões em PL na amostra.

Os segmentos Escritórios e Logística também se destacaram entre os de maior PL na amostra de fundos não listados, sendo o primeiro o mais representativo, com 25,4% do total. Logística, por sua vez, representou 11,3% do PL consolidado dos não listados. Com 17,2%, o segmento Diversificado, cujos fundos adquirem imóveis em geral, completa o ranking dos três maiores da amostra, sem preponderância clara de tipologia.

De maneira geral, a presença dos fundos do segmento Logística entre os segmentos de maior PL é fruto também da forte demanda por galpões logísticos, intensificada pela pandemia de coronavírus (Covid-19). Por outro lado, o oposto ocorreu com os FIIs de Shopping Centers, que acabaram por perder relevância na indústria, mesmo que ainda estejam entre os mais representativos.

Investidores
Investidores
Rankings Uqbar

Rankings Uqbar

Novos Rankings Uqbar para FIIs na edição 2020

Os Rankings Uqbar, edição 2020, trazem uma novidade. A partir de agora, estão disponíveis os rankings de gestores por montante e por número de ofertas realizadas no ano. O objetivo é classificar os participantes de acordo com o desempenho dos respectivos FIIs listados em captar recursos. A decisão por criar estes novos rankings deve-se às transformações registradas no mercado de FIIs nos últimos anos, que tornaram ainda mais íntima a associação entre os gestores e seus respectivos fundos.

Na primeira edição deste ranking, o líder sob critério de montante foi a XP. Ao todo, os FIIs listados geridos por ela captaram R$3,42 bilhões (9,6% do total) em 2020. Bastante concorrido, com exceção do segundo colocado, todos os demais participantes das dez primeiras colocações deste ranking ficaram com participações entre 3,8% e 6,0%, resultando em um valor médio de participação inferior a 5,0%.

No quesito número de operações, o BTG Pactual, instituição participante de longa data do mercado de FIIs, lidera o ranking com dez fundos. Por outro lado, a XP, de atuação bem mais recente, conquistou a segunda colocação. Além disso, gestores com atuações mais restritas, como VBI e RBR, conquistaram posições entre os dez primeiros em ambos os rankings.

Ainda analisando o mercado de gestores, mas agora tomando como base o valor consolidado do PL sob gestão, ao final do ano percebe-se que não houve mudanças nas duas primeiras colocações: o BTG Pactual manteve a primeira colocação (R$20,64 bilhões ou 11,6% do total), seguido pela Kinea (R$14,16 bilhões ou 8,0% do total). Ambos, porém, viram sua participação de mercado cair quando medida por esse critério.

Mesmo cenário se observa quando o critério é a quantidade de fundos sob gestão. A mudança é apenas no nome do segundo colocado: a Rio Bravo. O BTG mantém confortavelmente sua posição de liderança (46 fundos ou 8,3% do total), com 15 fundos a mais do que o segundo colocado e quase o dobro do terceiro.

No mercado de administradores, é também o BTG Pactual o primeiro colocado por PL consolidado de seus fundos, com R$34,88 bilhões. Isso se repete quando o critério é o número de fundos administrados, que somam 81.

Pelos dois critérios, montante emitido e número de operações, a XP Investimentos liderou o ranking de distribuidores, repetindo o feito de 2019. Mas, o que chamou a atenção foi a intensa troca de posições nas dez primeiras colocações, principalmente em relação ao critério de número de operações: quatro dos dez principais líderes de distribuição de 2020 haviam se colocado abaixo da décima primeira posição, no ano anterior.

Análises individuais

Passando para a análise individual, o fundo de maior PL foi o FII Kinea Índices de Preço (KNIP11), do segmento de Renda Fixa, que tem se tornado cada vez mais relevante nos últimos anos. O KNIP11 finalizou 2020 com R$4,38 bilhões em PL, a maior cifra dentre todos os fundos em funcionamento em 31 de dezembro de 2020. Vale acrescentar que o segundo e o terceiro maiores fundos da indústria contam com o mesmo gestor do líder.

No entanto, talvez o grande chamativo da indústria de FIIs esteja em seu mercado secundário, cada vez mais robusto. O fundo mais líquido em termos de montante negociado no ano foi o FII XP Log (XPLG11), com R$2,06 bilhões. Já pelo número de transações, este posto pertence ao FII Maxi Renda (MXRF11), cujas cotas trocaram de mãos 2.615.140 vezes.

Mercado Primário
Cotas de FII por Montante Emitido (Todo Mercado)
FII Ticker 2020
R$ MM Pizza (%)
Dallas - 2.804 5,8
Golgi - 1.429 3,0
Barzel - 1.404 2,9
Hedge Top FOFII 3 HFOF11 1.390 2,9
Maxi Renda MXRF11 1.115 2,3
Iridium Recebíveis Imobiliários IRDM11 1.104 2,3
BTG Pactual Logística BTLG11 1.095 2,3
HSI Logística HSLG11 1.007 2,1
CSHG Renda Urbana HGRU11 1.000 2,1
CSHG Logística HGLG11 984 2,0
Dez Maiores 13.332 27,7
Total 48.109 100,0
Veja aqui os critérios dos Rankings
Cotas de FII por Montante Emitido (Fundos Listados)
FII Ticker 2020
R$ MM Pizza (%)
Hedge Top FOFII 3 HFOF11 1.390 3,9
Maxi Renda MXRF11 1.115 3,1
Iridium Recebíveis Imobiliários IRDM11 1.104 3,1
BTG Pactual Logística BTLG11 1.095 3,1
HSI Logística HSLG11 1.007 2,8
CSHG Renda Urbana HGRU11 1.000 2,8
CSHG Logística HGLG11 984 2,8
VBI Prime Properties PVBI11 972 2,7
Capitânia Securities II CPTS11 951 2,7
Kinea Índices de Preços KNIP11 889 2,5
Dez Maiores 10.507 29,4
Total 35.683 100,0
Veja aqui os critérios dos Rankings
Advogados por Montante Emitido (Fundos Listados)
Advogado 2020 2019
R$ MM Pizza (%) Pódio Pizza (%)
I2A 8.301 23,9 1 21,0
Souza Mello e Torres 5.551 16,0 7 5,7
Tauil & Chequer 5.179 14,9 8 3,8
Duarte Garcia 1.984 5,7 11 3,2
Lefosse 1.883 5,4 2 15,1
Cescon Barrieu 1.579 4,5 12 2,8
Stocche Forbes 1.547 4,4 3 9,1
Mattos Filho 1.547 4,4 10 3,2
Demarest 1.473 4,2 19 0,9
Pinheiro Guimarães 1.205 3,5 13 2,5
Dez Maiores 30.249 87,0 38.692 80,5
Total 34.787 100,0 48.059 100,0
Veja aqui os critérios dos Rankings
Advogados por Número de Operações (Fundos Listados)
Advogado 2020 2019
# Pizza (%) Pódio Pizza (%)
I2A 23 24,7 1 18,9
Souza Mello e Torres 17 18,3 6 5,5
Tauil & Chequer 16 17,2 5 7,1
NFA 6 6,5 4 8,7
FreitasLeite 5 5,4 3 10,2
Cescon Barrieu 4 4,3 13 2,4
Demarest 3 3,2 18 1,6
LRNG 3 3,2 11 2,4
Madrona 3 3,2 10 3,9
Duarte Garcia 2 2,2 12 2,4
Dez Maiores 82 88,5 100 78,7
Total 93 100,0 127 100,0
Veja aqui os critérios dos Rankings
Gestores por Montante Emitido (Fundos Listados)
Gestor 2020 2019
R$ MM Pizza (%) Pódio Pizza (%)
XP 3.422 9,6 2 10,4
CSHG 2.620 7,3 4 8,0
BTG Pactual 2.035 5,7 5 6,2
VBI 1.924 5,4 14 1,9
Hedge 1.794 5,0 6 6,2
Kinea 1.768 5,0 1 12,1
TRX 1.761 4,9 53 0,1
Vinci 1.579 4,4 8 3,8
HSI 1.565 4,4 13 2,0
RBR 1.356 3,8 7 4,4
Dez Maiores 19.824 55,6 22.644 66,7
Total 35.683 100,0 33.925 100,0
Veja aqui os critérios dos Rankings
Gestores por Número de Operações (Fundos Listados)
Gestor 2020 2019
# Pizza (%) Pódio Pizza (%)
BTG Pactual 10 7,1 1 9,1
XP 6 4,3 2 5,8
Kinea 6 4,3 3 5,0
CSHG 5 3,6 4 4,1
VBI 5 3,6 18 1,7
RBR 5 3,6 6 3,3
RB Capital 5 3,6 15 2,5
Hedge 4 2,9 5 4,1
Vinci 4 2,9 7 3,3
BRL Trust 4 2,9 10 2,5
Dez Maiores 54 38,6 53 43,8
Total 140 100,0 121 100,0
Veja aqui os critérios dos Rankings
Líderes de Distribuição de Cotas por Montante Emitido (Fundos Listados)
Líder de Distribuição 2020 2019
R$ MM Pizza (%) Pódio Pizza (%)
XP 12.448 34,9 1 32,7
Itaú BBA 3.097 8,7 2 13,8
CSHG 2.620 7,3 3 8,1
Genial 2.057 5,8 8 4,1
Ourinvest 1.824 5,1 15 1,1
BTG Pactual 1.782 5,0 6 4,7
Fator 1.578 4,4 19 0,9
Safra 1.284 3,6 12 2,0
BRL Trust 1.085 3,0 4 7,0
BNY Mellon 951 2,7 - -
Dez Maiores 28.723 80,5 29.043 85,7
Total 35.683 100,0 33.886 100,0
Veja aqui os critérios dos Rankings
Líderes de Distribuição de Cotas por Número de Títulos (Fundos Listados)
Líder de Distribuição 2020 2019
# Pizza (%) Pódio Pizza (%)
XP 32 22,9 1 20,8
Ourinvest 8 5,7 9 3,3
BRL Trust 8 5,7 11 2,5
Planner 7 5,0 6 4,2
Itaú BBA 6 4,3 3 6,7
CSHG 5 3,6 5 4,2
Genial 5 3,6 13 2,5
BTG Pactual 5 3,6 2 11,7
Fator 5 3,6 23 0,8
Vórtx 5 3,6 30 0,8
Dez Maiores 86 61,4 81 67,5
Total 140 100,0 120 100,0
Veja aqui os critérios dos Rankings
Mercado Secundário
Cotas de FII por Montante Negociado
FII Ticker 2020 2019
R$ MM Pizza (%) Pódio Pizza (%)
XP Log XPLG11 2.059 3,8 4 4,0
CSHG Logística HGLG11 1.855 3,4 5 3,8
XP Malls XPML11 1.771 3,2 1 5,6
Maxi Renda MXRF11 1.664 3,0 28 1,2
CSHG Renda Urbana HGRU11 1.645 3,0 40 0,6
Vinci Logística VILG11 1.420 2,6 26 1,4
Kinea Renda Imobiliária KNRI11 1.417 2,6 2 4,8
Iridium Recebíveis Imobiliários VISC11 1.385 2,5 29 1,1
BTG Pactual Corporate Office Fund BRCR11 1.370 2,5 6 3,5
BTG Pactual Fundo de Fundos BCFF11 1.355 2,5 12 2,4
Dez Maiores 15.942 29,2 12.190 37,5
Total 54.626 100,0 32.498 100,0
Veja aqui os critérios dos Rankings
Cotas de FII por Número de Negócios
FII Ticker 2020 2019
# Pizza (%) Pódio Pizza (%)
Maxi Renda MXRF11 2.615.140 7,1 9 3,5
XP Log XPLG11 1.555.189 4,2 6 3,9
CSHG Logística HGLG11 1.321.021 3,6 5 4,4
BTG Pactual Fundo de Fundos BCFF11 1.315.310 3,6 8 3,5
XP Malls XPML11 1.272.643 3,4 1 5,0
CSHG Renda Urbana HGRU11 990.893 2,7 40 0,6
BTG Pactual Corporate Office Fund BRCR11 983.121 2,7 3 4,6
Vinci Logística VILG11 975.688 2,6 24 1,5
HSI Malls HSML11 958.298 2,6 29 1,1
Vinci Shopping Centers VISC11 859.480 2,3 4 4,6
Dez Maiores 12.846.783 34,7 6.359.834 40,9
Total 37.026.327 100,0 15.566.616 100,0
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Cotas de FII por Variação de Preço
FII Ticker 2020 2019
Variação (% a.a.) Variação (% a.a.) Pódio
Hospital Nossa Senhora de Lourdes NSLU11 14,0 11,7 79
Europar EURO11 9,9 13,1 74
Hectare CE HCTR11 8,1 - -
JHSF Rio Bravo Fazenda Boa Vista Capital Protegido RBBV11 7,8 23,3 50
Riza Arctium Real Estate ARCT11 7,3 - -
CSHG Prime Offices HGPO11 5,8 22,4 53
Novo Horizonte NVHO11 5,7 -60,8 109
Hospital da Criança HCRI11 4,9 42,9 8
Habitat Recebíveis Pulverizados HABT11 4,3 - -
Mérito Desenvolvimento Imobiliário I MFII11 3,2 37,1 16
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Cotas de FII por Dividend Yield Realizado
FII Ticker 2020 2019
(%) (%) Pódio
RB Capital Renda II RBRD11 21,9 9,9 17
Hectare CE HCTR11 15,1 - -
XP Corporate Macaé XPCM11 14,8 10,6 11
Caixa Rio Bravo Fundo de Fundos CXRI11 14,3 10,3 13
RB Capital Renda I FIIP11B 11,5 7,9 49
Polo Recebíveis Imobiliários II PORD11 11,2 11,0 10
Riza Arctium Real Estate ARCT11 11,1 - -
REC Recebíveis Imobiliários RECR11 10,6 8,4 39
Habitat Recebíveis Pulverizados HABT11 10,4 - -
Hospital Nossa Senhora de Lourdes NSLU11 10,2 9,0 28
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Cotas de FII por Rentabilidade Efetiva
FII Ticker 2020 2019
Rent. (%) (%) Pódio
Hospital Nossa Senhora de Lourdes NSLU11 25,5 21,7 77
Hectare CE HCTR11 24,9 - -
Riza Arctium Real Estate ARCT11 19,1 - -
Habitat Recebíveis Pulverizados HABT11 15,5 - -
Europar EURO11 14,7 21,6 78
JHSF Rio Bravo Fazenda Boa Vista Capital Protegido RBBV11 13,8 29,0 62
Mérito Desenvolvimento Imobiliário I MFII11 13,5 55,3 12
Novo Horizonte NVHO11 13,1 -59,4 116
REC Recebíveis Imobiliários RECR11 12,8 9,9 98
Hospital da Criança HCRI11 12,7 55,4 11
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Cotas de FII por Capitalização de Mercado
FII Ticker 2020 2019
R$ MM Pizza (%) Pódio Pizza (%)
Kinea Índices de Preços KNIP11 4.579 4,3 3 4,5
Kinea Renda Imobiliária KNRI11 3.759 3,6 1 5,1
Kinea Rendimentos Imobiliários KNCR11 3.384 3,2 2 4,8
CSHG Logística HGLG11 3.137 3,0 8 2,7
XP Log XPLG11 2.533 2,4 9 2,5
BTG Pactual Corporate Office Fund BRCR11 2.325 2,2 6 2,8
CSHG Renda Urbana HGRU11 2.316 2,2 15 1,6
Hedge Top FOFII 3 HFOF11 2.217 2,1 21 1,2
Hedge Brasil Shopping HGBS11 2.130 2,0 4 3,4
Iridium Recebíveis Imobiliários IRDM11 2.087 2,0 37 0,8
Dez Maiores 28.468 26,9 28.775 33,8
Total 105.812 100,0 85.117 100,0
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Cotas de FII por Capitalização de Mercado sobre Patrimônio Líquido
FII Ticker 2020 2019
Cap./PL (%) Cap./PL (%) Pódio
Loft II LFTT11 181,2 - -
Merito Fundos e Acões Imobiliarias MFAI11 155,0 - -
Hospital da Criança HCRI11 151,9 150,4 9
Caixa Rio Bravo Fundo de Fundos CXRI11 137,8 114,3 66
Hospital Nossa Senhora de Lourdes NSLU11 131,5 128,8 26
Iridium Recebíveis Imobiliários IRDM11 131,4 128,4 27
Urca Prime Renda URPR11 130,3 - -
Riza Arctium Real Estate ARCT11 130,1 123,2 37
Caixa Cedae CXCE11 128,4 124,5 35
Brazil Realty BZLI11 128,2 132,4 22
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Administradores por Capitalização de Mercado
Administrador 2020 2019
R$ MM Pizza (%) Pódio Pizza (%)
BTG Pactual 25.250 23,9 1 24,4
Intrag 14.373 13,6 2 16,2
BRL 10.347 9,8 5 6,2
CSHG 9.172 8,7 3 8,7
Vórtx 8.507 8,0 9 5,0
Oliveira Trust 5.698 5,4 8 5,7
Rio Bravo 5.390 5,1 4 7,9
Hedge 4.939 4,7 7 5,7
VAM 4.903 4,6 6 6,2
Santander 2.115 2,0 23 0,4
Dez Maiores 90.694 85,7 74.899 88,0
Total 105.812 100,0 85.117 100,0
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Administradores por Número de Fundos Negociados
Administrador 2020 2019
# Pizza (%) Pódio Pizza (%)
BTG Pactual 47 23,4 1 23,4
BRL 22 10,9 4 6,6
Vórtx 17 8,5 6 6,0
Rio Bravo 16 8,0 2 10,2
Oliveira Trust 14 7,0 3 9,6
VAM 11 5,5 5 6,6
Intrag 8 4,0 9 3,6
CSHG 7 3,5 7 4,8
Hedge 7 3,5 8 4,8
Planner 5 2,5 12 1,8
Dez Maiores 154 76,6 132 79,0
Total 201 100,0 167 100,0
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Gestores por Capitalização de Mercado
Gestor 2020 2019
R$ MM Pizza (%) Pódio Pizza (%)
Kinea 13.712 13,0 1 16,2
XP 9.484 9,0 4 8,4
BTG Pactual 9.255 8,7 2 12,8
CSHG 9.172 8,7 3 8,7
Hedge 5.437 5,1 6 6,0
Rio Bravo 5.319 5,0 5 7,5
VAM 4.760 4,5 7 5,9
Vinci 3.997 3,8 8 3,1
RBR 3.423 3,2 9 2,7
HSI 2.922 2,8 10 2,2
Dez Maiores 67.481 63,8 62.572 73,5
Total 105.812 100,0 85.117 100,0
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Gestores por Número de Fundos Negociados
Gestor 2020 2019
# Pizza (%) Pódio Pizza (%)
BTG Pactual 22 10,9 1 13,8
Rio Bravo 16 8,0 2 10,2
XP 10 5,0 4 5,4
VAM 10 5,0 3 6,0
Hedge 8 4,0 5 5,4
Kinea 7 3,5 7 3,6
CSHG 7 3,5 6 4,8
RB Capital 7 3,5 9 3,0
RBR 5 2,5 11 2,4
Brasil Plural 5 2,5 8 3,0
Dez Maiores 97 48,3 97 58,1
Total 201 100,0 167 100,0
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Estoque
Ranking de FII por Patrimônio Líquido (Todo Mercado)
FII 2020 2019
R$ MM Pizza (%) Pódio Pizza (%)
Kinea Índices de Preços 4.376 2,5 2 2,8
Kinea Rendimentos Imobiliários 3.837 2,2 1 3,1
Kinea Renda Imobiliária 3.748 2,1 3 2,7
Prologis Brazil Logistics Venture 3.386 1,9 6 2,0
2509 3.020 1,7 5 2,0
Península 2.966 1,7 4 2,1
BTG Pactual Corporate Office Fund 2.871 1,6 7 1,9
CSHG Logística 2.721 1,5 15 1,2
JS Real Estate Multigestão 2.363 1,3 16 1,2
Opportunity 2.297 1,3 9 1,6
Dez Maiores 31.586 17,8 28.590 21,3
Total 177.501 100,0 134.508 100,0
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Administradores por Patrimônio Líquido (Todo Mercado)
Administrador 2020 2019
R$ MM Pizza (%) Pódio Pizza (%)
BTG Pactual 34.884 19,7 1 20,5
BRL Trust 21.058 11,9 3 8,5
Intrag 14.807 8,3 2 10,0
Oliveira Trust 13.579 7,7 4 7,9
Vórtx 10.072 5,7 8 3,8
CSHG 9.053 5,1 7 4,6
Rio Bravo 8.989 5,1 5 6,7
VAM 8.585 4,8 6 6,3
Brasil Plural 6.138 3,5 9 3,4
Modal 5.341 3,0 15 2,1
Dez Maiores 132.506 74,7 100.746 74,9
Total 177.501 100,0 134.500 100,0
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Administradores por Número de Fundos (Todo Mercado)
Administrador 2020 2019
# Pizza (%) Pódio Pizza (%)
BTG Pactual 81 14,7 1 14,2
BRL Trust 70 12,7 2 10,8
Vórtx 47 8,5 4 7,3
Oliveira Trust 45 8,2 3 9,1
Planner 31 5,6 6 6,0
Rio Bravo 28 5,1 5 6,5
Brasil Plural 27 4,9 8 4,3
VAM 21 3,8 7 5,0
Modal 17 3,1 12 2,6
Singulare 13 2,4 13 2,2
Dez Maiores 380 68,8 321 69,2
Total 552 100,0 464 100,0
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Auditores por Patrimônio Líquido (Todo Mercado)
Auditor 2020 2019
R$ MM Pizza (%) Pódio Pizza (%)
EY 44.591 25,3 2 25,5
PwC 41.404 23,5 1 27,4
KPMG 41.272 23,5 3 23,0
Grant Thornton 15.294 8,7 6 4,8
BDO 10.176 5,8 5 5,7
Deloitte 9.369 5,3 4 6,1
Next 3.745 2,1 21 0,2
RSM 3.674 2,1 7 1,3
Baker Tilly 1.352 0,8 8 1,2
UHY Bendoraytes 748 0,4 9 0,6
Dez Maiores 171.624 97,5 129.106 96,1
Total 175.962 100,0 134.288 100,0
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Auditores por Número de Fundos (Todo Mercado)
Auditor 2020 2019
# Pizza (%) Pódio Pizza (%)
KPMG 109 20,1 1 19,9
EY 104 19,2 2 19,0
PwC 68 12,6 3 15,8
Grant Thornton 61 11,3 5 8,7
BDO 55 10,2 4 11,7
Next 44 8,1 10 1,5
RSM 33 6,1 6 4,1
Deloitte 15 2,8 7 3,2
UHY Bendoraytes 10 1,8 9 2,6
Baker Tilly 6 1,1 8 2,8
Dez Maiores 505 93,3 413 89,4
Total 541 100,0 462 100,0
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Gestores por Patrimônio Líquido (Todo Mercado)
Gestor 2020 2019
R$ MM Pizza (%) Pódio Pizza (%)
BTG Pactual 20.637 11,6 1 14,9
Kinea 14.160 8,0 2 9,6
CSHG 12.073 6,8 4 6,6
XP 9.706 5,5 7 4,3
Rio Bravo 9.463 5,3 3 6,9
VAM 8.437 4,8 5 6,2
BRL Trust 8.188 4,6 6 4,8
Hedge 6.069 3,4 9 3,3
Brasil Plural 5.355 3,0 8 3,5
Vinci 4.229 2,4 13 2,0
Dez Maiores 98.316 55,4 84.118 62,5
Total 177.501 100,0 134.500 100,0
Veja aqui os critérios dos Rankings
Gestores por Número de Fundos (Todo Mercado)
Gestor 2020 2019
# Pizza (%) Pódio Pizza (%)
BTG Pactual 46 8,3 1 9,1
Rio Bravo 31 5,6 2 6,9
BRL Trust 24 4,3 4 3,9
Brasil Plural 21 3,8 5 3,9
VAM 20 3,6 3 4,7
Oliveira Trust 17 3,1 6 3,4
XP 14 2,5 9 2,6
RB Capital 13 2,4 8 2,8
REAG 13 2,4 18 1,5
RBR 12 2,2 15 1,7
Dez Maiores 211 38,2 197 42,5
Total 552 100,0 464 100,0
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Regulamentação e Legislação

Regulamentação e Legislação

Alterações normativas relevantes envolvendo os fundos de investimento imobiliário em 2020

Nos últimos anos, as leis e normas aplicáveis aos fundos de investimento vêm sendo objeto de constantes atualizações pelo legislador e regulador. Com os Fundos de Investimento Imobiliário (“FII”), disciplinados pela Lei nº 8.668, de 25 de junho de 1993, e pela Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nº 472, de 31 de outubro de 2008, não foi diferente.

Em 20 de setembro de 2019, foi publicada a Lei nº 13.874 (“Lei da Liberdade Econômica”), que, dentre outras matérias, incluiu o Capítulo X no Código Civil Brasileiro, a fim de introduzir disposições sobre os fundos de investimento.

A CVM, no âmbito de sua competência de disciplinar a constituição, o funcionamento e a administração dos fundos de investimento, iniciou em 1º de dezembro de 2020 a Audiência Pública SDM nº 08/20, com o intuito de modernizar a regulamentação dos fundos de investimento em geral, e dos fundos de investimento em direitos creditórios em especial, bem como refletir na regulamentação dos fundos as inovações introduzidas pela Lei da Liberdade Econômica e adequá-la às demandas da agenda ambiental, social e de governança (ESG).

Embora os FII não tenham sido abrangidos de forma específica pela minuta da norma objeto da audiência pública, a CVM indicou expressamente no edital que a norma dos FII será atualizada por ocasião da implementação das etapas de consolidação, estabelecidas pelo Decreto nº 10.139/19, que determinou a revisão e consolidação dos atos normativos editados por órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. 

Desta forma, cabe-nos aguardar a versão final da norma geral dos fundos de investimento, que será adotada após o término da audiência pública, bem como a consequente revisão e consolidação da norma dos FII. A nova norma será de suma importância para a implementação de avanços regulatórios, incluindo, mas não se limitando às inovações introduzidas pela Lei da Liberdade Econômica, tais como a faculdade da constituição de patrimônios segregados para cada classe de cotas, e a limitação de responsabilidade dos cotistas, dentre outras matérias.

Outra medida regulatória envolvendo os FII que merece destaque foi a adoção, pela Superintendência de Registro de Valores Mobiliários da CVM (“SRE"), do Ofício-Circular nº 1/2020-CVM/SER, datado de 05 de março de 2020 (“Ofício-Circular 01/2020”), cujo objetivo principal é “orientar os emissores/ofertantes de valores mobiliários e as instituições intermediárias quanto à forma de melhor cumprir as normas que regulam as ofertas públicas de valores mobiliários”. Por meio do Ofício-Circular 01/2020, a SRE consolidou entendimento quanto à destinação de recursos de ofertas de cotas de Fundos de Investimento Estruturados, notadamente os FII e os Fundos de Investimento em Participações, em situação de conflito de interesse.

Ao tratar do tema, a SRE baseou-se em decisão do Colegiado da CVM, de 28 de maio de 2019, no âmbito do pedido de registro da oferta pública de distribuição de cotas da 1ª emissão do HSI Malls Fundo de Investimento Imobiliário. Naquela ocasião, o Colegiado manifestou entendimento segundo o qual não há artificialidade no método de outorga de instrumento de procuração em ofertas públicas de distribuição, conferindo poderes para votação em assembleia geral, conforme orientação de voto especificada, a fim de possibilitar a destinação de recursos em situações de conflito de interesses.

No Ofício-Circular 01/2020, a SRE ampliou a abordagem sobre o tema, incluindo a situação em que os FII buscam realizar operações de aquisição de ativos financeiros em situação de conflito de interesses, a partir da conclusão de que tais operações possuem características com maior dinamismo em comparação com a aquisição de ativos imobiliários não financeiros.

Em sua argumentação, a SRE ratificou o entendimento anterior da Divisão de Fundos Listados e de Participações de que “o estabelecimento de critérios de elegibilidade adequadamente delimitados para a negociação de ativos financeiros em situação de conflito de interesse e a submissão destes à assembleia única, e não a cada aquisição, não se confunde com pré-aprovação de tais operações”. Desta forma, a SRE permitiu que, em uma única assembleia de cotistas, seja aprovada, por meio de procuração específica outorgada pelos investidores no âmbito de oferta pública de cotas, a aquisição pelo fundo de ativos em situação de conflito de interesse, desde que da procuração constem critérios de elegibilidade adequadamente delimitados, a serem observados na aquisição dos referidos ativos.

Foi abordada ainda a realização de assembleia prévia à oferta, em que se delibera acerca da aquisição de ativos financeiros conflitados, mediante a aprovação de critérios de elegibilidade específicos. A SRE indicou que a referida decisão acaba por trazer, potencialmente, efeitos no curso da vida do fundo, podendo ainda não ser do conhecimento dos novos subscritores, sendo certa sua caracterização como conteúdo informacional relevante para o público da oferta. Sendo assim, nas hipóteses de alteração significativa de cotistas ou do patrimônio líquido, existe a necessidade de ratificação, posteriormente à oferta, de uma eventual aprovação deliberada anteriormente.

Desta forma, a SRE alertou os ofertantes para que façam constar no Prospecto, especificamente na seção “Sumário da Oferta”, com referência cruzada ao fator de risco que aborde o assunto na seção “Fatores de Risco da Oferta”, a eventual existência de aprovação anterior para a aquisição de ativos financeiros em situação de conflito de interesse. Os ofertantes deverão apontar, nos documentos da oferta, em quais termos foi concedida tal aprovação, notadamente indicando os critérios de elegibilidade para a aquisição e ainda o quórum com o qual se deu a aprovação de tal matéria. Os ofertantes deverão ainda informar que, posteriormente à oferta, poderá ser necessária a ratificação de tal aprovação.

Outro entendimento relevante fixado pela SRE foi que, dada a sua relevância, a aprovação prévia de conflito de interesses na aquisição de ativos em sede de assembleia de cotistas se qualifica como alteração relevante na política de investimento do fundo, ainda que não introduzida em seu regulamento. Desta forma, o pleito de registro de oferta pública de FII que se utilize de aprovação assemblear prévia não deverá ser submetido sob o rito automático de análise.

O próprio rito automático, aplicável a determinadas distribuições de cotas de FII, foi objeto de abordagem no âmbito do Ofício. Foi indicado pela SRE que “à luz dos incisos I e II do art. 37 da Instrução CVM nº 400/2003, lembramos que o Coordenador Líder, em conjunto com o Ofertante, é responsável pela correta adequação do pleito de registro de oferta pública de distribuição ao rito automático, conforme previsto nos casos de distribuição de cotas de Fundos de Investimento em Participações – FIP, Fundos de Investimento Imobiliário – FII e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC”.

Desta forma, caso seja verificado pela CVM que um pedido de registro de distribuição de cotas sob rito automático foi submetido sem a observância das regras para seu enquadramento, tal pedido poderá, “além da conversão para o rito ordinário, ser objeto de apuração de responsabilidades, sem prejuízo da eventual suspensão da oferta uma vez identificada a inadequação do rito após a concessão do registro automático, com base no inciso II do art. 19 da Instrução CVM nº 400/2003”.

A partir da análise das questões aqui tratadas, verifica-se um movimento intenso por parte da CVM em 2020 no sentido de introduzir inovações na estrutura normativa dos fundos em geral, incluindo os FII. A consolidação e aplicação dessas inovações em 2021 e nos anos seguintes pode ser um fator decisivo para proporcionar um avanço ainda maior da indústria dos FII nesta década.

Eduardo Herszkowicz
Eduardo Herszkowicz

Eduardo Herszkowicz possui mais de 15 anos de experiência em Mercado de Capitais e Direito Bancário, incluindo operações de financiamentos de projetos de infraestrutura, operações estruturadas, securitização, emissão de títulos de dívida, fundos de investimento e consultoria em assuntos relacionados à regulamentação de mercado de capitais e bancária. Graduado na Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 2004, possui mestrado (LLM) em Direito Empresarial Internacional no Instituto de Empresa Law School (Madri, Espanha) com extensão na Northwestern School of Law (Chicago, EUA) em 2011. Também possui Certificate in Business Administration (CBA) pelo Instituto de Empresa Business School (Madri, Espanha) em 2011.